sábado, 15 de janeiro de 2011

A senda

pintei sidartha
na janela
parede queria roçar-me

tudo de música era mantra
mãos amarelas e roxas

achei que sidartha era
amarelo e roxo
é pra mim o que foi
agora e é
o espaço entre o sono
profundo
e a vigília inebriada
do apagar lilás
cantava próstata
ritmo vulcânico
trepida corpo
reavivante raio

reaviva
reaviva
reaviva
reaviva
morre enorme
a mente
o prateado
dor se olho aberto

corpo refaísca ânima
roxa
nas mais secretas microdireções

sou água trépida de rio
envolta por si
eriçada
de frescor arrepiante

o manso em movimento
de veloz elétrica

o que não cabe
continua
reaviva
reaviva
reaviva
reaviva
e morre enorme

agora em grave tambor

onda profunda
sem vela que faça boiar
ou a senda
profunda

cama roça
eu nela
profunda
ruído é mantra
fecunda
o universo
vermelho
gozo em mim.

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