quinta-feira, 23 de abril de 2015

Desclaustro do som III

III-

Você:
Um feixe de elétrons rebatido em cristal
Não se alague
Não se alague
Não se alague
Há uma pequena luz eu garanto.
Olhe pela fechadura
veja se não há um sol
como se você tivesse engolido
o seu ventre
se cuspa
se cuspa
remele-se da poeira dos que dormem
e antes do espelho
vão as ruas
cheire teu cheiro, dadá morto! E viva!
renasça do teu colostro empedrado
o esguicho na tua teta de pedra
correndo as lavas embaixo de ti
extensão das tuas veias e ombros
dinamite o complexo
dinamite o complexo
dinamite o complexo
Troveje!
Troveje!
Troveje!
parta o raio o próprio porto
parta o raio o próprio porto
parta o raio o próprio porto
cuspe de fogo na nuvem
t
u
d
o
d
e
s
c
e
tudo
desce
tu
do
des
ce
tua anormalidade é tão comum
tua anormalidade é tão comum
tua anormalidade é tão comum
deschoque o capeta
embude-se
embude-se
embude-se
embude-se
embude-se
tua a anormalidade é tão comum
desfarde-se
desfarde-se
desfarde-se
nu .

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