Sucumbe a certeza velha
ao dizer
que talvez tenha encontrado
outro rei desgovernado.
certa forma incerta
ainda alegra meus pensamentos
e mora na calma
o saber
que não é a memória de ti
és tu próximo
e para
tu
o convite
de conversar a vinho
quando puder e quiser
porque pelo que não é sabido
aquela tarde de hoje intui
o que ainda não sei
do teu
mas meu
Dionísio
ainda quer te ouvir
e falar
para um
que não é mais aquele
mas o outro
ainda quisto encontro
com a naturalidade sã do mar
fazendo onda
a saber :
meu corpo leve te quer
sem só por isto
queiras ler
quer como quer o mundo
antes enganado
pensava
amar
torpe todo
um pouquíssimo ter.
Sim, antigo amor e novo quê,
mataram as paixões!
E o que fica são nossas vontades
apesar de.
A rocha antes submersa
depois da maré:
morreu.
(entre paixões suicidadas
de 21 de maio a a-gosto)
Em que pese
o que é de aquário
e não pesa
o jogo do post mortem
das re(l)ações
idealizadas
cá estou
com a coragem branda
de te chamar
depois de tudo claro
depurado
eletrificado para dentro
do mesmo dentro
antes oco
que transborda no agora
falo a mudez dos loucos
que já serenidade
passado o outono do cair :
sim.
eu sou um sim
dito apenas
não
ao desamor
intolerável
no mesmo
estreito:
agora.
o que tens e quem sou
é desmedido
como acaso qualquer
e já nem ligo
aquilo de solar
rosa e abóbora
nada afirmado pela repetição
mas pelo que há de lua
a tocar
mais ainda profundamente
assim me parece
tudo ter sido
um trágico ensaio
nem sabes
não que importe
mas intuí no corpo
a tua chegada
como quem rastreia um cheiro
antes de lá no mar
e à beira
encontrar
repetindo
sim
ainda te admiro
mesmo unguando
teus cortes na minha vaidade
agora
cuidadosamente
dela cuido eu
sem mais ferir tanto
alguém
matadas as moralidades
pelo triunfo do amoral
acredito eu nos novos outonos?
sim.
e gosto
porque te gosto
na lucidez de agora
sem precisar.
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