domingo, 6 de janeiro de 2013

Zanga-bar

linhei a agulha torta na máquina
e bordei o avesso do dito.
atiradas as ninharias contra as espectro-faces
cavados os redemoninhos nos pequenos mares de copo d´água
gritei nome com boas vindas
culpei a terra pela aquática distância
destronando cachos da cabeça para tanto nada.
ah, se tivesse vergonha e culpa
envergonhado e culposo quedaria
catando pedras e bolsos para me atirar de roupa
no rio que embarca meus malfazejos gestos.
:
diz a voz abuelita não ser esse o alimento da amizade
.
que valha essa tola hecatombe carente!
mesmo o cruzar a porta tendo nascido tão afetuoso
ao ponto de chamar a despedida do espelho meu de cruza troca!
lamento esses transbordos e alguns dos 12 uísques.
sinto ter jogado meu filho abortado nessa privada que nem é de vocês.
entre essas flores madrugueiras e fechadas
perdura o amor meu pelas presenças suas
e sei que mal me cabe o amor por mim
exercer esse parco amor
e amar sem algumas pernas
é essa chegada tantálica que não me deixa.

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