quarta-feira, 6 de abril de 2011

Do homem dona em Davis

se foge
e eu encontro
nenhuma chance
parca luneta
quando vir
o sol desaceso
é preciso
a luz intuída
da ausência

de tentar ferir os outros
com a displicência
do teu feminil
compreenda, arqui(ou geneo) inimigo amistoso
porque de grupo o mesmo
e do quanto vale beijar minha viúva irmã :

que o falo nada vale
se mal resolvido estiveres
com tuas duas cavidades
a que beija o belo
e a que excreta o que abunda marrom
nas formas todas amorais verás
a boca beijante a multiplicidade
e o de fora excretante
pedindo
massagem
com dedo
ou falo
implora
se é ali
onde tudo começa
mesmo se não é sabido
o
aceito.

caso queiras de fundo
cultivar
um câncer
os leões respeitam
mas antes disso
antes que te arrependas do não-plural
em dobro o prazer
recomendamos
o urro
para acostumar branda
a língua
entre o falo duro
e o que guarda e jorra vida
do zinco
seminal
que te lamba
ou lambas
a moral
para o que espirra
novo
na intereza
de cinco centímetros
para o dentro nunca explorado:
espeleologia sexual
é a estalactite
que há de te atravessar
e mostrar no escuro mascarado
o perdido do experimento da vida
quando se fecha o esfíncter
que é o fio conectante da terra

ousa.
e geme
forte
como um lobo uiva
no desmístificado de só poder uivar as mulheres.

uive, ressentido Homem, uive!
até o último dos homens
superior
niilista que seja
uive
como quem chama a terrra
para tremer junto
( a saber do viver sexo-poético)
o (res)sentir transmuta num caranguejo-câncer
vomitado pra dentro
e sei...

para nenhum expurgo é bem quisto
isto...

He wears high trimmed paints
stripes are really yellow
but when we start to blow us
and then for only us
we´re so fine and mellow...

Homens nas décadas devir
hão de ser no amorfo amoral!
e um short curto de Cristiano
há de ser a vanguarda rosa
brotada do singular
a morte oitentista da rainha e Fred
mercúrio para medir a febre
do que viria depois
o cheiro da morte
aterradora
crença no salve de um coquetel
nada do sexo on the beach
tão por mim querido
quando todos emudeciam e criavam
trabalhos culposos para a promiscuidade
apagou o neon do 54
e morreram os curtos pavios
pelo desconhecido afirmado como descoberta e verdade
por suspeitos laboratórios
e vis experiências da ética falida da ciência comprada
para vender...

no meio disso tudo
cantava com voz nasal e pele
quase preta quase branca
algo que só convenceria
os de coração fraco
a continuarem a caminhada
num moon walk restrito ao disforme céu
só visto por crianças esquecidas de si
e tarados Peter pan-sexuais...

sem saber
a dança existida
da Medusa sedutora saída de marítimas
cabeças afugentadas para o escudo de Atenas
vinha ela...
de descolorido cabelo e pulseiras a falar
que o mundo dominaria e com parte dele
fez
portando a sombra
sê-la do irregular que fosse
e o espaço do dente onde sobra a fome:
chegava sem tapete enrolado
a Cleópatra pós-moderna.

para os que acreditam na cultura do tempo...
para a despretensão do querer dominar
chegava
a rainha do clichê inventivo
depois da morte de tantos Freddies, mercúrios e febres
a dizer
o contrário do sexo livre setentista
da pseudo escolha cabeluda
sementes de íris brilhantes
foram os olhos de Davis
o sexo escolha dominatriz
livre
não pela metafísica coiote transcedental
dos jovens filhos da golden age americana
mas pelo joio
e o trigo
bem quistos
na hora que se quer
gozar
ou fazer morrer.

chegou de mala a Cleópatra
rindo velho como um brinquedo usado
e seios dourados pontiagudos
dente de falso ouro
a chupar o punho
de um fantoche imbuído num boxe de mexer
reavivante a libido
com francesa música..

toalha na cabeça
saída do banho
livre para chupar garrafas
didaticamente aos fracos
que nem o dedo do próprio pé
chupam.

ela dança o sexo
e ensina.

na imbatível performance
história para si criada
face a poeira baixada do vírus
chega
enrolada num tapete comprado
por ela mesma a mulher de nome
profanamente santo
que ia picar a terra
e fazer nascer
em mim e noutros indomáveis leões
a chance
a escolha
a vontade de potência
que quer os corpos
um laboratório acasual
seja fálico
ou de tenras quentes cavidades.

Homens, nas décadas devir
hemos de ser no amorfo amoral
e um short curto do Cristiano!
Quando apesar da crueldade
we´re still so fine and mellow...
Abrace a tua mulher, Homem!
que quando você refletido
num olho de Davis assim forte
se apaixonarás por ti mesmo
desgustarás o amor sive natura
até dormir com a solidão
sem a pergunta
quando desperto
de onde estarás
tu.

no quarto
depois do sexo instinto
por seres tudo junto gozoso
no prazer :
delicado homem
e forte mulher...

Mary goes
fucking round
and round.
With a little surprise
between her charming legs.

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