Qual o tempo no corpo?
Qual o tempo do corpo?
Até jogarem uma bomba
atômica
no Aqüífero Guarani?
E fazer chover
gota de terra molhada,
tétricos pingos criptônicos?
Aí quanto de tempo no corpo?
Ou o quanto de seu corpo no tempo é o que duramente dura?
Até os biopiratas, falidos, levarem corpos cari-ocas
e mapearem genomas da gênese procrástica
do afamado jeitinho brasileiro?
“Você passaaaa dissipaaada
na fumaça do teu orgulhoooo...”
canta presa o samba
uma animada e já sem roda
velha ararinha azul
num bole-bole sem fim
enquanto isso...
nos palácios da injustiça
já descolorem-se alvoradas
e alguém perifericamente longe
grita gol
com muito
eco.
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