sábado, 13 de agosto de 2011

Bole-bole

Qual o tempo no corpo?

Qual o tempo do corpo?

Até jogarem uma bomba

atômica

no Aqüífero Guarani?

E fazer chover

gota de terra molhada,

tétricos pingos criptônicos?

Aí quanto de tempo no corpo?

Ou o quanto de seu corpo no tempo é o que duramente dura?

Até os biopiratas, falidos, levarem corpos cari-ocas

e mapearem genomas da gênese procrástica

do afamado jeitinho brasileiro?


“Você passaaaa dissipaaada

na fumaça do teu orgulhoooo...”

canta presa o samba

uma animada e já sem roda

velha ararinha azul

num bole-bole sem fim

enquanto isso...

nos palácios da injustiça

já descolorem-se alvoradas

e alguém perifericamente longe

grita gol

com muito

eco.


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