sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A fora os aforismos

Teci o desejo ao contrário!
Forçosa negação do passado em completo!
Para que fosses o grilhão e a corda.
A arma.
Donde o tiro matava o mal quisto.
Meu gatilho
o outro era.
Plano meu.
Ocultada até de mim
tal estratégia de libertação secreta
que fingindo enquanto soluçava ,
seco dentro!

No silêncio abafado
de sempre voltar
nada distraído percebi.

Mal disse o acaso.
Como o vencedor descarta a sorte
pela ciência da consciência do esforço.
Emanador de sólidos que é o construtor...
Arquiteto de desejos...
E se vontades não bastam sem formas
desenhemos porcas e parcas vivências!
Chamemos o redor de conhecido!
De imutável realidade
o sofrer da ordem que move o automático!


A maioria é declarada por si mesma culpada.
Já falta trabalho para os carrascos de julgo...
Criam juízes para si como crianças criam amigos imaginários...
Articulada a assembléia deliberativa dos falos
quem há de lidar com a morte
da lembrança obssessiva do fuzilamento dos prazeres ?

(Moram no que jamais acaba os traumas da guerra velha.)

Do saber poder não ter ofertado muro como presentes
e ter pernas para correr de pontes como o alzheimer foge do não vivido



Agora, clarificado mais o obscuro intento
hemos de atirar a revolta mole
despenhadeiro abaixo.
De fundo onde não há chão,
nem cimento.
Só o eterno retorno
da escolha de ter escolhas,
do querer para si infinitamente cada acontecido
e abraçar toda sorte de inventos.

Na paráfrase do soturno grave dos cabelos desgrenhados
continua sendo o mais importante do bordado
o avesso.
O avesso.

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