sexta-feira, 30 de março de 2012

quasi-qualquer

tudo que aconteceu

foi qualquer coisa de ontem.

na janela que se pendura a planta

em  quens quero me transformar:

POLIDAR AS GOTAS DE ORVALHO
LUSTROSAS
DEPENDURADAS
MULTIDAR DE GENTE:

UMA FÁBRICA DE MULTIDÃO.

nasce um poeminho no trem
destravado tiro
era roleta.

O TEMPO DE SOLIDÃO
VENDO O MUNDO fugir  pela janela
dos carros amarelos
condutores de evasão instantânea

Salto.
Vou me descarrilhar nos dormentes
que é sono-sonho quasi-que
do tremor desembarcado
entre estação
e estação.  dinamizo
lento.
Piscam dois olhos vermelhos.
Parem o trem!
Pare!
Mil pés descem:
                             eu continuo.
                                                  sem trem.


Assoprando o carvão combusto
vaporeando minhas duas mil almas
até chover a nuvem ácida
e não mais acordar
no dormente
entre-trilho
uma rama de capim vulgar qualquer.


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