foi qualquer coisa de ontem.
na janela que se pendura a planta
em quens quero me transformar:
POLIDAR AS GOTAS DE ORVALHO
LUSTROSAS
DEPENDURADAS
MULTIDAR DE GENTE:
UMA FÁBRICA DE MULTIDÃO.
nasce um poeminho no trem
destravado tiro
era roleta.
O TEMPO DE SOLIDÃO
VENDO O MUNDO fugir pela janela
dos carros amarelos
condutores de evasão instantânea
Salto.
Vou me descarrilhar nos dormentes
que é sono-sonho quasi-que
do tremor desembarcado
entre estação
e estação. dinamizo
lento.
Piscam dois olhos vermelhos.
Parem o trem!
Pare!
Mil pés descem:
eu continuo.
sem trem.
Assoprando o carvão combusto
vaporeando minhas duas mil almas
até chover a nuvem ácida
e não mais acordar
no dormente
entre-trilho
uma rama de capim vulgar qualquer.
lento.
Piscam dois olhos vermelhos.
Parem o trem!
Pare!
Mil pés descem:
eu continuo.
sem trem.
Assoprando o carvão combusto
vaporeando minhas duas mil almas
até chover a nuvem ácida
e não mais acordar
no dormente
entre-trilho
uma rama de capim vulgar qualquer.
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