prato do dia:
fatal baiacu
a preços
pop
u
lares
já tinha o urubu comido
o peixe
subido
de cima caiu
bigorna
preta
de asas
segundo
a covívia
gente
se não estiver fatal
está gostoso
convidava
o corvo
a comer baiacu frito
descansado no papel
higiênico
pingava
assim em poças pequenas
todo o
óleo
soja
da
Pagu-sementeira
tomou uma surra
ardida de colher
comia no banquinho
porque sem cadeira nas costas
exercitava seu centro de gravidade
ou se acostumava
com a ausência
dele
?
bobo que só...
domingo, 24 de julho de 2011
II- corpo elétrons
fazer
o quê
se nas barbas
brancas
penso
eu ainda?
branco.
fazem
amor ido
2 anos
desde nossa
atômica
compartilha
te vi
lá
quando
numa fila estava
tu
de rosa
e um cabelo amarrado
que gracioso
erro
só
a
prévia
do
teu
oblíquo
sorriso
vício do meu dito
sistema nervoso
central
tu
corpo-elétrons
de afeto desaprendido
diga você
agora é
tarde?
temo que seja.
e vivo
à beira
do limiar suportável
que é viver
o resto
já tendo
te
à ti
frio
trépido
tu
provado
do meu gim
na janela
hoje
sobra lembrar
de todos os deuses
que invocamos
naquelas chuvas
alagadas
Resende
Mem
Riachuelo
por toda
Fátima
voltava eu
pra te ver
magro
de saia
quando ainda o ressentir
mistura
festivamente
tu e teu você
nos seus rudes
separatismos
aprendidos
gauché
o quê
se nas barbas
brancas
penso
eu ainda?
branco.
fazem
amor ido
2 anos
desde nossa
atômica
compartilha
te vi
lá
quando
numa fila estava
tu
de rosa
e um cabelo amarrado
que gracioso
erro
só
a
prévia
do
teu
oblíquo
sorriso
vício do meu dito
sistema nervoso
central
tu
corpo-elétrons
de afeto desaprendido
diga você
agora é
tarde?
temo que seja.
e vivo
à beira
do limiar suportável
que é viver
o resto
já tendo
te
à ti
frio
trépido
tu
provado
do meu gim
na janela
hoje
sobra lembrar
de todos os deuses
que invocamos
naquelas chuvas
alagadas
Resende
Mem
Riachuelo
por toda
Fátima
voltava eu
pra te ver
magro
de saia
quando ainda o ressentir
mistura
festivamente
tu e teu você
nos seus rudes
separatismos
aprendidos
gauché
À margino-diva
Viver é a exceção do pensar e não?
.!
.?
.?
.?
-
.
...
Cadê minhas letras de rubras nuvens?
O frescor de quem acabou de receber uma catastrófica notícia
– a expressão do desconhecimento :
um entre rir e chorar no mesmo rosto-tábua, quase cínico tamanha ingenuidade.
Do dedal, um fantoche
adorno de adeus
com rostos
e
corpos-lûmen.
De ter ido
de vez
as pernas
trêmulas
da voz
forçada de peito
que era
o lixo
deixado
que só ela mexia
só
ela
aguda
e tivemos
que quase abrasarmos
nos (´) em déca
das
entes
esperando o subúrbio
grave dela
não aprendido
feito
Iansã
que só decide cantar
no cinza que varre
meu gim bebido
era você
enquanto dormia de vez
para reacender em final
escândalo
sua presença
que será pelos infinitos marginais afora
nosso espectro de partituras
ido
favorito
adeus à tua carne
margino-diva
porque por aqui
está dificílimo
descansarmos em paz...
morrer também dá ressaca.
.!
.?
.?
.?
-
.
...
Cadê minhas letras de rubras nuvens?
O frescor de quem acabou de receber uma catastrófica notícia
– a expressão do desconhecimento :
um entre rir e chorar no mesmo rosto-tábua, quase cínico tamanha ingenuidade.
Do dedal, um fantoche
adorno de adeus
com rostos
e
corpos-lûmen.
De ter ido
de vez
as pernas
trêmulas
da voz
forçada de peito
que era
o lixo
deixado
que só ela mexia
só
ela
aguda
e tivemos
que quase abrasarmos
nos (´) em déca
das
entes
esperando o subúrbio
grave dela
não aprendido
feito
Iansã
que só decide cantar
no cinza que varre
meu gim bebido
era você
enquanto dormia de vez
para reacender em final
escândalo
sua presença
que será pelos infinitos marginais afora
nosso espectro de partituras
ido
favorito
adeus à tua carne
margino-diva
porque por aqui
está dificílimo
descansarmos em paz...
morrer também dá ressaca.
Dos navios e ãncoras que dobram
por aqui a noite
anda agachada
para não bater
a cabeça nas estrelas
e quando distraída
aliviando joelhos
estica a espinha
toca ela
o sino
à meia-noite
a pino
a sinus
seca mucosa
variante minha
maré
dentro de por certeza também minhas
mais que o tempo:
bochechas.
levo amigos
em navios-estátua
de inércia flutuante
cinza Londres oitocentista
só minha
e dos meus
árvores de mangue-bosque
velam negrices e armas
a fuligem dos mares
eriçadas doces as sinapses
já plumbeia um tempo
cuja única garantia
é não perdê-lo
lá quem chora
são as vistas grossas
e o esgoto nos fala de algo deixado
boiar além-nós
sem saber
das descargas o trajeto
há quem não veja rio
no alívio sem titubeios da água podre
para o mar
há quem não veja
rio
com as aves do céu à noite
de todos os cantos anônimos
que ninam as morais
que só encontram ser
propósito
na invenção de robustos opostos
que justifiquem a boa vontade
do heroísmo gratuito
dos bons
dos ascetas descontentes
da vaidade identitosa
aromatizada
artificialmente
o portal criado
do lodo ancestral sabido
não-lugar da falta de arbítrio do tempo
aquela praia da Rosa
nome de pessoa
ou de flor
de rosa só tinha
a lembrança de outro suportável olor
que distraísse nossas violências
espantadas conosco
por debaixo
onde só passam
afeitos e amigos
porque lá
nessa excusa Londres estaleira
estalada
fazem pequenas casas de reto teto
num lodoso naturo-cortiço
pequenas e grandes vontades de matar
o tempo
virados os pequenos barcos
faz do espontâneo afogo
ampulhetas de água
sem remo
e areia
insistia ela
na rosa
em contar o tempo
até pô-la na cabeça
e livrar-se de qualquer ajuda
espremido o corpo
entre mim e a parede
nada foi
ao exorcismo
apesar de virados
os pescoços
vomitados barcos avolumavam o peso
a naufragar sem maiores contrastes
como algo pródigo retornado
na lama esgoto
bosque-mangue
sem deixar pistas por onde andava o tempo
as descargas e seus trajetos
tudo fede
rindo
espremido o corpo
entre mim e a parede
nada foi
ao exorcismo
apesar de virados pescoços
vomitados barcos avolumavam o peso
a naufragar sem maiores contrastes
como algo pródigo retornado
ao esgoto-lama
reino da velha Nanã
quintal de Poe
bosque-mangue
sem deixar pistas por onde andava o tempo
nas descargas dos trajetos intuídos
pelo seguir das pegadas
em denuncioso movediço
lusco-fusco
echarpe fofa
da já afônica
noite
tudo fede
rindo
ali vi mais-te
amiga
a outra
vi tonto
por mezzoentre
estátuas marinhas de ferro
vermelhos leitosos cinzas
e longes tochas da baixada
teus olhos de muletas
inocentes
quando de teus pés subtraído
esse tempo-tapete
voador
vi um tu só corpo e medo
de ser espaço
sem ponteiros
tu
em gracioso
vulnerável
rosa-porto
das âncoras maleáveis
origamis tetânicos
das partidas
à nado
das almas-leves como as tuas todas
Titãs
.
anda agachada
para não bater
a cabeça nas estrelas
e quando distraída
aliviando joelhos
estica a espinha
toca ela
o sino
à meia-noite
a pino
a sinus
seca mucosa
variante minha
maré
dentro de por certeza também minhas
mais que o tempo:
bochechas.
levo amigos
em navios-estátua
de inércia flutuante
cinza Londres oitocentista
só minha
e dos meus
árvores de mangue-bosque
velam negrices e armas
a fuligem dos mares
eriçadas doces as sinapses
já plumbeia um tempo
cuja única garantia
é não perdê-lo
lá quem chora
são as vistas grossas
e o esgoto nos fala de algo deixado
boiar além-nós
sem saber
das descargas o trajeto
há quem não veja rio
no alívio sem titubeios da água podre
para o mar
há quem não veja
rio
com as aves do céu à noite
de todos os cantos anônimos
que ninam as morais
que só encontram ser
propósito
na invenção de robustos opostos
que justifiquem a boa vontade
do heroísmo gratuito
dos bons
dos ascetas descontentes
da vaidade identitosa
aromatizada
artificialmente
o portal criado
do lodo ancestral sabido
não-lugar da falta de arbítrio do tempo
aquela praia da Rosa
nome de pessoa
ou de flor
de rosa só tinha
a lembrança de outro suportável olor
que distraísse nossas violências
espantadas conosco
por debaixo
onde só passam
afeitos e amigos
porque lá
nessa excusa Londres estaleira
estalada
fazem pequenas casas de reto teto
num lodoso naturo-cortiço
pequenas e grandes vontades de matar
o tempo
virados os pequenos barcos
faz do espontâneo afogo
ampulhetas de água
sem remo
e areia
insistia ela
na rosa
em contar o tempo
até pô-la na cabeça
e livrar-se de qualquer ajuda
espremido o corpo
entre mim e a parede
nada foi
ao exorcismo
apesar de virados
os pescoços
vomitados barcos avolumavam o peso
a naufragar sem maiores contrastes
como algo pródigo retornado
na lama esgoto
bosque-mangue
sem deixar pistas por onde andava o tempo
as descargas e seus trajetos
tudo fede
rindo
espremido o corpo
entre mim e a parede
nada foi
ao exorcismo
apesar de virados pescoços
vomitados barcos avolumavam o peso
a naufragar sem maiores contrastes
como algo pródigo retornado
ao esgoto-lama
reino da velha Nanã
quintal de Poe
bosque-mangue
sem deixar pistas por onde andava o tempo
nas descargas dos trajetos intuídos
pelo seguir das pegadas
em denuncioso movediço
lusco-fusco
echarpe fofa
da já afônica
noite
tudo fede
rindo
ali vi mais-te
amiga
a outra
vi tonto
por mezzoentre
estátuas marinhas de ferro
vermelhos leitosos cinzas
e longes tochas da baixada
teus olhos de muletas
inocentes
quando de teus pés subtraído
esse tempo-tapete
voador
vi um tu só corpo e medo
de ser espaço
sem ponteiros
tu
em gracioso
vulnerável
rosa-porto
das âncoras maleáveis
origamis tetânicos
das partidas
à nado
das almas-leves como as tuas todas
Titãs
.
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