sexta-feira, 13 de abril de 2012

-

soluço
degrau
despedida
alçapão
madeira
jaula
vida
corrimão
peixe
nado
arrastão
reboque
pneu
roupa
rede
tralha
carcaça
sangue
instinto
atino:


MENINO-DE- BORDÉU!
pseudo cafa-sádico.

A pedra cor de tigre há
de emanar o urro
onde quer que tua fraqueza
pisoteie as folhas
da relva minada.

Basta o TREPIDAR DE UM PEQUENO
ALÇAPÃO
a vareta lenhosa
TOMBA a caixa-jaula
e PLAF!
Está desabada a terra
por debaixo
pra cima
esfarelada medusa
cuspideira de areia
roda atolada
de deus pagão
afro-MINA terrestre
Iansã chorosa
que toda partida é.

restam os dedos necrosados
falanges atrofiadas
palco de metacarpos
o gesto
dos fantoches
escondidos.

atina timida
mente mente mente
jura
e mente
num digo:

NÃO!
OUTRA BOMBA NÃO!


até
o acaso soterrar
boca
falange
o sobrado gesto
suas ruínas sufocantes
de onde aspiram só ais
areias
sangue 
coágulos
e partidas.

Trágicas pernas negras
voam espantadas
feito vôo de mariposa
fósforo e álcool
e o que nos foge humano
é o dia que foi.
e o que sobra de surpresa
é o desadivinhado
ainda
mudo.

ACEITO.
Aberto.

O poente boreal
da independência dos acasos.

HÁ FORA!

E do duplo de todas as máscaras conformadas
chamamos o outro
pelo nomes tácitos
dos tristes acordos
que o precede

:

NINGUÉM ESCOLHE SER JOÃO OU MARIA.

ou comer apressado as migalhas
antes das aves
descaminho


o então degelo
amor cadente
fati-fátuo
fóssil achado luminoso
nas cavernas congeladas
ainda pulsantes
icebergs de homens
doídos mais que o imerso
azul que falta
por dentro d'água
imaginado
imenso.

QUE SUICIDEM bombas
NAS FOSSAS!

ABISSAIS.

E teremos o prazer do frio
 e fluorescente
 silêncio explodido.


quase
mais um
quase
PLAF!
e tudo cheira a sacrifício podre
esquecido pelos deuses.

da caverna azul
fogo roubado
resta um capuz guardião
nossos olhos
com estalactites em punhos
riscando paredes
os quadrados
contadores do tempo
e a celebração da caça
que não fomos.













   


Nenhum comentário:

Postar um comentário