quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sal


vapores baratos desmaiam no orvalho
ousado de verão
rompante de água caído
sobroso no chão
afogo de grama
:
há mais de um circulo de sal.

imaginário não-circulo
-fluxo.
que se fizesse
as linhas tubérculas
talvez não escreveria
um branco e preto-xadrez
fertilidade de pedra
encostada numa xícara
tatuada de qualquer arte
cansada de carregar na boca
uma maçã
com tantos cravos
quantos viventes aqui
de cada furo
uma vida
de rede epitelial
vontade
nervo
eletricidade nas veias
e osso.


deita na relva inventada
a vontade de potência
e o sopro de vida
o jogo entre os conquistadores do desconhecido
e todo índio que mora em nós
nos banhos nossos
de cada dia
no branco espanhóis
no preto índios
tudo de madeira
relutando anti-fogo
central que rejuvenesce
extraterrestres e alcolizados de qualquer tipo compulsório
 um milho preto sorri
cheio de vermelho na boca de trapo
Amy recosta sua bebice no ET
de dedo em riste par
a vela de um fogo
avermelhador de maçã
o fogo
o maduro
e fruto
longe do podre
dois senhores cósmicos
dizem um tímido oi
entre os dentes por volta
contando com eles todo olhar acusa
o crime q´inda hemos de cerzir
por nós
e nossos ais
deitados de joelhos moles
e cabeças em carneiros
do pulo e cerca entre o vivido e o sonho
enroscou-se fatal
num farpado modo
de prender com muita dor.


com lanho lanho lanho lanho.
lanho e sal
outrar arde. e lanho.
merci. o latte?
azedo bebido
do gato careca que morreu.
tudo tarda, gato.
calma.
tudo tarda.
menos a morte.
que chega de espanto
como um elástico arrebentado
a chicotear a cara
da vida que sobra.

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