domingo, 4 de setembro de 2011

Avoa

Avoa avó:

epopéicos fragmentos de um convívio ancestral tardio:

até no verso era mentiroso:

a verdade foi excluída do mundo

-dizia ela vestida de fucsina nos olhos-

na rua é tudo igual

pendura seu filho na parede

acaso seja santo

o que quer que ele

exista.

O rancho do poço

sandália azul

casa de alça

do pé podre de preto

perseguidor de amoras

e outros afetos silvestres.

Virgo.

Angelina;

Leo.

poldo

multípode.

Domingos

cheios

de frações de horas

suicidas

Tios

Luises

opacos de fomeza

rancho

sem interior

e para ela

sou o dono da razão

sempre não legitimado

pela traição do meu instinto

fibroso.

sempre um eu aqui

transformando furacões

em sacis de roda aérea

aprisionados

nas mensagens

agramáticas

do afeto

desgarrafadas.

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