pensado morto
pensado galego-morto
imaginado preso
primeiro afã-amor imaginado preso
afeto albino
idólatra monetário
charme dos que pagam por uma alma
sem grandes desperdícios
pai dos gatos pequenos
pra quê?
pra quê a hecatombe?
filete de vulcão
feto de arrependimento explodido
em orgasmo pálido
gozo cinza
boto cinza
aláude
de som funéreo
a porta bateu
e essa chuva de gilete espirrada
estilhaço de caco
na capacidade de amar roída
rói o rato a corda roída
rói a roda rói a linha puída
rui a rua apagada dos rastejos rutílios
rumina o resto ruido
na ruína que resta
do rei roído
ri a rua que resta
ri a rua apagada que resta
rói a rua que ria apagada
no ruído
no rastejo
sem riso
rumina a esperança na porta
e rói a porta
bate a esperança na porta
e rói a porta
bate o acaso na porta
e derruba a porta
antes da esperança ruí-la
bate o passado na porta
bate sem bater e rumina
a rua apagada dos sem-postes
antes da rua rir o que o escuro imagina
rói a reta sem curva vacila
rança a rima
rança a rima
rança a rima
bate o passado na porta
rança a rima
bate sem bater e rumina
rança a rima
nas ruas apagadas de quem ria
ri a rima
rança a rima
ri a rima
rança a rima
nas ruas dos reis sem valia
ruma a rota rôta da rima
bate o passado na porta
e rança a rima
chora
chora a esperança na porta
e chora a rima
rança a esperança
chora
e brota a rima
nas ruas apagadas de quem ria
dança muda rói a dança
no silêncio alto de quem fingia
rança a rima
dança a rima
morre a rima
nasce a dança
do corpo de quem fingia
rança a rima
rima o riso
nasce a dança
morre a rima
na alma do poeta que fingia.
pensado galego-morto
imaginado preso
primeiro afã-amor imaginado preso
afeto albino
idólatra monetário
charme dos que pagam por uma alma
sem grandes desperdícios
pai dos gatos pequenos
pra quê?
pra quê a hecatombe?
filete de vulcão
feto de arrependimento explodido
em orgasmo pálido
gozo cinza
boto cinza
aláude
de som funéreo
a porta bateu
e essa chuva de gilete espirrada
estilhaço de caco
na capacidade de amar roída
rói o rato a corda roída
rói a roda rói a linha puída
rui a rua apagada dos rastejos rutílios
rumina o resto ruido
na ruína que resta
do rei roído
ri a rua que resta
ri a rua apagada que resta
rói a rua que ria apagada
no ruído
no rastejo
sem riso
rumina a esperança na porta
e rói a porta
bate a esperança na porta
e rói a porta
bate o acaso na porta
e derruba a porta
antes da esperança ruí-la
bate o passado na porta
bate sem bater e rumina
a rua apagada dos sem-postes
antes da rua rir o que o escuro imagina
rói a reta sem curva vacila
rança a rima
rança a rima
rança a rima
bate o passado na porta
rança a rima
bate sem bater e rumina
rança a rima
nas ruas apagadas de quem ria
ri a rima
rança a rima
ri a rima
rança a rima
nas ruas dos reis sem valia
ruma a rota rôta da rima
bate o passado na porta
e rança a rima
chora
chora a esperança na porta
e chora a rima
rança a esperança
chora
e brota a rima
nas ruas apagadas de quem ria
dança muda rói a dança
no silêncio alto de quem fingia
rança a rima
dança a rima
morre a rima
nasce a dança
do corpo de quem fingia
rança a rima
rima o riso
nasce a dança
morre a rima
na alma do poeta que fingia.
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