quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A felicidade e a Cleópatra das fomes

A liberdade pinica. Mostra sua capacidade de ser estrangeira quando há o consenso da ciência consciente de existir sem os auspícios da vaidade. Intempéries que chamamos (ou xingamos ) tanto de problema. Muitos se perguntam o que seria feito no último dia se tudo acabasse. O que seria feito se todos os outrora problemas se dissipassem feito Júpiter desde novembro não mais retrógrado? O que fazer no fim já foi perguntado à exaustão. Mas agora o que fazer no hiato supremo da alegria? O que há de ser feito quando o recorte de caos chamado mundo( e depois quando vivido vívido, realidade) é o que se quis? Ou o que se pôde construídos os trovões e as circunstâncias quase carnavalescas... que são adornadas causalidades... Para quem louva o deus útil ou se dobra diante da finalidade das coisas, que há de ser a justificativa ora ápice do significante, realmente... A liberdade pinica. No final do que é fibra ótica um há de reagir: - Alô !. E o outro há de bradar: - Coragem!. Hão de se entender(?) na eternidade. Casa das obras. Onde tudo que não acabou existe. Já que nada acaba (a)caso tenha existido.

" Escrever a n-1, escrever por intermédio de slogans: faça rizoma e não raiz, nunca plante! Não semeie, pique! Não seja nem uno, nem múltiplo, seja multiplicidades! Faça a linha e nunca o ponto! A velocidade transforma o ponto em linha! Seja rápido mesmo parado! Linha de chance, jogo de cintura, linha de fuga. Nunca suscite um General em você! Nunca uma idéia justa, justo uma idéia (Godard). Tenha idéias curtas. Faça mapas, nunca fotos nem desenhos. Seja a Pantera cor de rosa e que vossos amores sejam como a vespa e a orquídea, o gato e o babuíno.(...) Um rizoma não começa nem conclui, ele se encontra sempre no meio, entre as coisas, inter-ser, intermezzo. A árvore é filiação, mas o rizoma é aliança, unicamente aliança. A árvore impõe o verbo ser, mas o rizoma tem como tecido a conjunção

"e ... e ... e ..."

O que há de se fazer no hiato feliz quase-maquinário felicidade? O ser feito na angústia, virado costume, recorta de outsider a felicidade. E daí pinica e pergunta: neste micro-macro mundo de redes que não são abraços, mas nos reconhecem, eis que a felicidade será vestiu a roupa marginal? Confesso que quase não a reconheço. Abortada filha minha diversas vezes, felicidade! Quero agora que tu tomes corpo e aprenda a falar. Quero que grites! Que entones a música desesperada da baqueta-vida! E transexperimentada por todos os tambores suspire o hiato sem culpa. Que brade : "- Eu sou e existi" !

Para do fundo e final de todas as grutas ecoar: "Foste para sempre, pois és tu e sobre tu o eterno e infinito retorno de tudo aquilo que existiu na memória. Se lá existe, felicidade, antes da morte das coisas, nada acaba. E nada acabou... Assim a felicidade, antes fadada estrela do que não havia sido dado como erro no acaso, triunfou serena. Fez crer cinicamente que bastava assoprar velas com ela na mente e lá ela se faria prolongada em anos... Atente quem quiser com ela uma conversa mais rasa e profunda! Batam nas portas dos hiatos! E lá ela estará, confortavelmente repousada, de mão em piteira feito Cleópatra. Dá à maior das fomes, sem nunca empobrecer.

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